Oficina de Mandalas
Nos tempos de hoje, pintar uma mandala já é muito mais que um passatempo: além de dedicarem um tempo para si mesmos, muitas pessoas - com algo em comum - se reúnem com giz de cera, lápis ou estojo com canetinhas para dar cores aos seus pensamentos, sentimentos e emoções como forma de extravasar as agruras ou dissabores de seus dias.
Considerando apenas a intenção, estes encontros por si mesmos já estão fadados ao sucesso: geralmente são envoltos de incensos, mantras e paz de espírito.
A proposta da Oficina de Mandalas, idealizada pela artista paulista Kênia D´Ângelo, vai além destas esferas: ali o grupo reunido cria o seu próprio desenho, faz os seus próprios círculos, seus quadrados, seus triângulos, tem suas próprias ideias, usa suas próprias cores: elas é que vão definir o estado de espírito de cada um. Os materiais usados, a intensidade dos traços, os espaços ocupados, as formas escolhidas e harmonia entre elas vai dizer muito sobre o momento de cada um, revelado individualmente pelo talento da artista ao final da oficina: pelo desígnio da arte, as décadas de trabalho lhe trouxeram uma leitura acima da média, para além das formas geométricas. Seu olhar sobre os desenhos consegue ler mais do que a própria simbologia das cores, das linhas e do abstrato.
Sua interpretação - aconchegada ali ao pé do ouvido - , é mais do que uma arte: é uma expressão mesclada de técnica e intuição com o propósito de contribuir para o autodesenvolvimento de cada um. Quanto mais entendermos os traços que nos movem, mais cores e sentidos daremos aos nossos desenhos.