Runas das Bruxas
A “Runa das Bruxas” não vem da Escandinávia nem de povos célticos: as referências nos levam para 1972, quando a norte‑americana Dana Corby recebeu de sua mestra, Sara Cunningham, um sistema formado por símbolos simples e facilmente graváveis em conchas ou pedras. Outra autora decisiva para popularizar o oráculo foi Susan Sheppard, que lançou Witch’s Runes (As Runas das Bruxas) em 1998, levando o conjunto a lojas esotéricas do mundo todo. Por isso, fala‑se em “criação coletiva” de fim do século XX, e não em uma tradição única e milenar, como as Runas Nórdicas. Aliás, diferentemente do alfabeto rúnico germânico (Elder Futhark) ou do Ogham Irlandês, as Runas das Bruxas não formam letras: são 13 pictogramas escolhidos justamente porque o número 13 remete ao total de luas cheias.
Mesmo se tratando de um oráculo jovem, já é sustentado por uma egrégora forte, fruto de décadas de uso com seu círculo de símbolos gravados em conchas, madeiras ou pedras. Cada um deles - o Sol, a Lua, a Colheita, a Cruz‑dos‑Caminhos, o Fogo, entre outros - reflete situações concretas do cotidiano e, ao mesmo tempo, ressoa no campo coletivo que alimenta o oráculo sempre que alguém o lança em busca de clareza.
Com uma concentração específica se define a intenção da consulta. E então as Runas das Bruxas são agitadas dentro de uma bolsa natural e sorteadas ou lançadas sobre um tecido ritual, revelando forças internas, influências externas e tendências futuras. Por serem símbolos autoexplicativos, a leitura é fácil e fluida: a “Lua” recomenda contato com a intuição, a “Cruz‑dos‑Caminhos” indica decisões estratégicas. O praticante interpreta essas mensagens à luz do tema trazido - relações afetivas, finanças, saúde, trabalho, entre outros - e oferece recomendações práticas, como ajustes de rotina ou rituais simples de proteção.
Ao final, você recebe um resumo das runas tiradas, orientações de acompanhamento e, se desejar, sugestões de integração com outras terapias que potencializem os insights recebidos. Moderno, rápido e profundamente simbólico, o oráculo das Runas das Bruxas mostra que a idade de um sistema importa menos que a coerência de seus símbolos, a ética na condução e o campo coletivo que o sustenta.
