O Tarô do Osho é uma criação licenciada da Osho International Foundation, inspirada na sabedoria Zen e orientada ao Aqui-Agora, em alinhamento com o ensino do mestre espiritual indiano Rajneesh Chandra Mohan Jain, mundialmente conhecido como Osho. Publicado em 1994, com a linguagem visual aquarelada concebida por sua discípula Ma Deva Padma, é um haicai em forma de oráculo: poucas linhas, imagens precisas, simbolismo essencial e um resultado singular — por trás das cartas, a visão de um guru que convida à reflexão.

O próprio Osho é a figura central de seu tarô. Da estrutura dos modelos clássicos com 78 cartas — 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores —, esta proposta acrescenta uma lâmina extra com a sua própria imagem, em que se lê O Mestre, símbolo de iluminação serena e entendimento.

A partir desse eixo, a estrutura se preserva enquanto a linguagem se realinha: em vez de projetar destinos, as cartas descrevem estados de consciência e responsabilidades de escolha. Por isso, os Arcanos Maiores e Menores foram renomeados e redefinidos: o elemento Fogo substitui as cartas de Paus, convidando para a ação; Água fala das emoções entrando no lugar de Copas; Nuvens assumem a posição de Espadas e Arco-Íris no lugar do naipe de Ouros.

O que ele se propõe é simples: não adivinhar, esclarecer. A leitura funciona como um espelho sereno que organiza o que já estava à beira da consciência. O Tarô de Osho é um instrumento de descobertas e escolha consciente: nomeia forças em jogo, mostra o que acrescenta e o que dispersa, e sugere o passo possível — aquele que cabe no tamanho do seu dia.